O problema foi descoberto pelo site alemão Prad, que não divulgou quais empresas estão vendendo lebre por gato (?). O motivo é que, atualmente, fabricar uma tela de 27 polegadas com 3840×2160 pixels tem custo igual ou até mais barato que um painel do mesmo tamanho com resolução inferior. Então, quando há falta de fornecimento de painéis 1440p no mercado, a solução das fabricantes é utilizar um 4K no lugar. Os painéis 4K são capados por firmware para não ultrapassarem resolução de 1440p. Como os pixels não são exibidos em proporção 1:1, a gambiarra traz perda de nitidez. Boa parte dos usuários não deve notar a diferença, já que tecnologias de anti-aliasing de fontes podem suavizar o problema, mas a falha se torna bem perceptível neste teste (acima, 1440p nativos; abaixo, 1440p interpolados em um painel 4K):

E como descobrir se você está comprando um monitor 4K por engano? O primeiro passo é olhar na ficha de especificações técnicas: se a fabricante costuma utilizar painéis 4K em um modelo vendido como 1440p, o tamanho do pixel é menor do que deveria. Um monitor de 27 polegadas 4K tem pixels de 0,155 mm; já um 1440p tem 0,233 mm. Este site te ajuda a calcular o tamanho certo do pixel. A outra forma de verificar o problema é olhar atentamente um texto com fonte em tamanho normal (sem o escalonamento do Windows). Se os caracteres parecerem borrados, é um indício de que a resolução nativa do seu monitor não é 1440p (e talvez seja uma boa ideia reclamar com a fabricante). Toda essa história me lembra de quando as fabricantes vendiam processadores quad-core como se fossem dual-core ou tri-core, com núcleos desativados por firmware — a diferença é que muitas vezes era possível desbloqueá-los e ter um chip melhor pagando menos.

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