Ucrânia leva guerra para o Twitter e exige derrubada do perfil da RússiaComo encontrar pessoas próximas no Telegram
Telegram é popular na Ucrânia e na Rússia
Como resultado do conflito armado entre Rússia e Ucrânia, Durov foi a seu canal pessoal que faz postagens em russo para alertar sobre possíveis falhas no Telegram. “Como resultado, alguns usuários podem enfrentar interrupções intermitentes de curto prazo em vários serviços do Telegram”, escreveu o CEO do mensageiro. O Telegram é popular tanto na Rússia quanto na Ucrânia. De acordo com dados da consultoria App Annie, o mensageiro foi o terceiro aplicativo mais baixado por ucranianos no último mês para iOS e Android; no país vizinho de dimensões continentais, ele ocupa o primeiro lugar. O app é uma das principais formas de comunicação em ambos os países. Durov demonstra compreender a delicadeza do momento — o serviço se tornou essencial para manter a conexão entre pessoas envolvidas no conflito: Com a capacidade de criar canais de distribuição de mensagens sem limite de membros, o app atraiu cada vez mais veículos de notícia e políticos no Brasil. Por aqui, a rede está presente em 60% dos smartphones brasileiros. Em meio à guerra, surgem dúvidas de como o serviço do mensageiro deve ser afetado, especialmente com ameaças de ciberataques, que vêm prejudicando a infraestrutura da Ucrânia.
Rússia já bloqueou Telegram em 2018, mas desistiu
A relação entre o Kremlin e o Telegram é sensível: o governo da Rússia já decretou o bloqueio aplicativo de Durov em 2018. Naquela época, o Roskomnadzor, órgão que fiscaliza a internet no país, baniu 16 milhões de endereços de IP na tentativa de coibir o uso do mensageiro. Putin via o Telegram como uma plataforma que poderia ser usada por opositores políticos para incitar manifestações contra seu governo. Efetuado pelo órgão fiscalizador da Rússia, o bloqueio de IPs teve aval do serviço de inteligência russo, FSB (Serviço Federal de Segurança). Mas a ofensiva do governo para censurar o app acabou em 2020, quando o Kremlin decidiu usá-lo para divulgar informações “oficiais” sobre a pandemia de COVID-19 na Rússia. Para além das informações sanitárias, Moscou transformou o mensageiro em uma ferramenta para propagar informações favoráveis ao governo Putin. O Telegram foi usado, por exemplo, para viralizar um clipe de um suposto ataque feito por sabotadores ucranianos em Donetsk, região dominada por milícias pró-Rússia, no dia 18 deste mês. Entretanto, era tudo falso: não eram imagens de um ataque ucraniano, e sim de um exercício militar finlandês de 2010, como apontaram pesquisadores em open source. Com informações: Exame