O assunto veio à tona em março, quando New York Times e The Observer (braço do The Guardian) publicaram uma extensa investigação indicando que a Cambridge Analytica usou um aplicativo de teste psicológico para coletar dados de pelo menos 87 milhões de usuários, principalmente norte-americanos. Esses dados teriam sido usados posteriormente para manipulação política. A Cambridge Analytica teve entre seus clientes o presidente dos Estados Unidos Donald Trump e, aparentemente, até grupos ligados ao Brexit. A empresa surgiu em 2013 como um serviço de análise de dados do SCL Group criado para fins comerciais e políticos. Mas tudo indica que as atividades da Cambridge Analytica eram direcionadas predominantemente à última categoria. Além da sua sede em Londres e filiais nos Estados Unidos, a companhia chegou a ter escritórios em países como Malásia e Brasil. Uma fonte próxima à Cambridge Analytica informou ao Wall Street Journal que a decisão de encerrar as operações têm como base a perda de clientes que a empresa teve depois da denúncia, o que não é surpresa: nenhuma personalidade política ou corporação quer ter seu nome associado a um escândalo tão grande. Problemas legais relacionados ao caso também estão entre os motivos. Em comunicado, a empresa diz que “ao longo dos últimos meses, a Cambridge Analytica foi alvo de inúmeras acusações infundadas e, apesar dos esforços para corrigir as alegações, foi difamada por atividades que não são apenas legais, mas também amplamente aceitas como componente padrão da publicidade online”. O fechamento é imediato: os funcionários da Cambridge Analytica foram orientados nesta quarta-feira (2) a entregar os equipamentos cedidos pela companhia. O SCL Group também vai descontinuar as suas operações.

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