FaceApp não responde a Procon-SP; Apple e Google negam ser responsáveisInstagram não ouve seu celular para direcionar anúncios, diz Facebook
De acordo com o The Guardian, a Apple passa uma pequena parte das gravações feitas pela Siri para funcionários terceirizados. Eles indicam, por exemplo, se ela foi ativada de forma correta ou acidental, se poderia ter atendido ao comando e se a resposta foi apropriada. A reportagem foi publicada com base no relato de um dos funcionários, que preferiu não se identificar. Segundo ele, a orientação era apontar ativações acidentais apenas como um problema técnico, sem se concentrar no conteúdo das gravações. Apesar disso, há uma preocupação com a frequência com que a Siri é ativada acidentalmente. “Tem havido casos incontáveis de gravações com discussões privadas entre médicos e pacientes, negócios, negócios aparentemente criminosos, encontros sexuais e assim por diante”, afirmou. A fonte ouvida pelo Guardian afirma que o Apple Watch e o HomePod são os que mais fazem gravações por engano. “Essas gravações são acompanhadas de dados do usuário mostrando a localização, detalhes de contato e dados do aplicativo”. Além do desconforto por ouvir tantas informações privadas, o funcionário afirma que há o receio de que os dados sejam utilizados de maneira indevida. “Não há muito controle sobre quem trabalha lá e a quantidade de dados que podemos analisar é bem ampla. Não seria difícil identificar a pessoa que você está ouvindo, especialmente com acionadores acidentais – endereços, nomes e assim por diante”. A Apple afirma que as gravações são usadas para ajudar a Siri a entender melhor o que os usuários dizem. Segundo a empresa, menos de 1% de um conjunto aleatório de ativações da assistente é revisado por seres humanos. “As solicitações dos usuários não estão associadas ao seu ID da Apple”, afirma a empresa. “As respostas da Siri são analisadas em instalações seguras e todos os revisores estão sob a obrigação de aderir aos rigorosos requisitos de confidencialidade da Apple. Com informações: Ars Technica, Mashable.